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Meu signo me entenderia

Eu realmente não entendo merda nenhum de signos, então eu sequer posso botar a culpa neles, aí eu culpo os astros (???) por tudo de errado nessa minha vida. Desde o meu nascimento quase interrompido por mamãe com crise por ter mais um filho depois de 5 anos em até a 3 minutos atrás, quando eu tentava me logar no blogger mas NÃO conseguia. Depois de reiniciar o modem umas 2 vezes tudo volta ao "normal". Isso é ADSL, minha gente, banda larga, SPEEDY e afins.

E como eu não tenho argumentos pra falar que meu ascendente é o culpado de tudo, admito que eu sumi daqui por vontade própria e prometo que essa é a última vez que eu toco nesse assunto de "oi galera to meio sumido", tão presente em 3 anos de blog.

Mas o fato é que eu não sou muito encanado com assiduidade em blog e me sinto bem confortável com o fato de eu escrever aqui só quando tenho vontade, e não quando quero ter só mais uma atualização. É aquela coisa besta de qualidade e não quantidade.

Eu pensei muito em criar outro blog, já que quando eu leio os posts de 2006 vejo muita asneira e coisas que hj eu nem pratico mais, mas além da preguiça, eu penso em algo do tipo "que se dane", entende? Gosto desse blog e o fato é que as pessoas mudam, não (alguém me dá um tiro se eu usar mais um desses clichês no próximo parágrafo)?

E por falar em mudanças, fiz meu 23º aniversário no último dia 10 e nesse dia estive no RJ com amigos queridos numa cervejaria no Flamengo. Óbvio, o aniversário foi só uma desculpa pra ver eles, porque eu realmente não ligo quando completo mais um ano, nenhum trauma, pensamento triste ou afins, é uma pura e despreocupada indiferença.

É isso...astros, culpa, despreocupação, blog e aniversário. Essa é a minha atual vida bandida.

O limite da diferença

Acho que ninguém gosta de ser controlado ou pelo menos de alguma forma se sentir assim. E óbvio, a partir do momento em que você nasce os outros criam uma opinião sobre você, você gostando ou não. E além dos nossos atos definirem a nossa vida, eles definem como os outros olham pra nós.

Tá, mas é comum ouvir por aí "mas os outros que se danem porque eu não esto nem aí", certo? Certo, mas geralmente a prática é diferente disso. Acho que o ser humano naturalmente tem a necessidade de um certo nível de aceitação por todos. Isso vale desde quando éramos pequenos na escola até os dias atuais num trabalho, num grupo ou em qualquer meio social.

Eu particularmente escondo um pouco isso. Uma pessoa num antigo trabalho já me falou que era bacana da minha parte me ausentar das pessoas e "não estar nem aí", embora isso na época encheu um pouco meu ego, eu sabia que o "não estar nem aí" era só uma imagem, talvez uma proteção, um meio de fazer com que os outros me olhassem e falassem "ele não está nem aí". Seja como for, eu não era assim na época, eu era como eu sou hoje: inseguro, com minhas paranóias e afins (ok, não vou falar tudo o que eu tenho de ruim porque você tem que acreditar que eu sou inteligente, hahaha), alguém como qualquer outro naquela e em qualquer outra circunstância.

Óbvio, nós não nos resumimos nisso, mas isso é uma parte essencial de um entendimento que do meu ponto de vista, é correto e muito útil pra se viver. Reconhecer que eu e você somos criaturas errantes...acho que isso vale pra qualquer coisa, numa relação conjugal, por exemplo, naquelas cenas clássicas que acontecem na minha e na sua casa onde o casal discute, e naquele calor do momento não há muita inteligência ou tato presente pra se reconhecer a hora de parar de falar, a hora de começar a entender a outra pessoa e se despir de quaisquer outras coisas que impedem uma boa conversa (que nesse contexto já evoluiu pra uma discussão), as coisas sempre tendem a ir para um lugar ruim.

Eu e você temos um compromisso invisível e indireto com as pessoas, porque como eu disse no início, somos classificados pelo que nós fazemos, falamos e etc, independente de ser verdade ou não. Eu realmente penso, acredito e tento manter isso em mente, mas meus amigos ou pessoas próximas me conhecem mais como alguém que ri, é meio "independente", seguro de si e de certa forma meio descompromissado. E eu imagino que quem lê esse blog desde a primira postagem a 3 anos atrás e não me conhece além daqui deve pensar que além de eu ser depressivo sou alguém equilibrado e que pratica tudo o que já foi escrito aqui.

Óbvio que eu não sou nem metade disso, são coisas que estão na minha mente, que eu tento manter e me compromissar e gosto de postar. E também não sou depressivo, como todo mundo tenho meus momentos em que estou frustrado ou chateado com determinada coisa, mas como minha mãe sempre me disse, "o choro pode durar uma noite e a alegria vem pela manhã", ou seja, eu não vivo com nuvens negras sobre a cabeça, nada além do normal.

A solidão é algo tão comum como um bom estado de espírito, e infelizmente não é um sentimento que vai embora com companhias, você já deve ter se sentido só no meio de várias pessoas, amigas ou não, e isso além de frustrante, chega até a ser algo meio revoltante...porque é como se apaixonar por alguém, você não controla, assim como não controla uma raiva ou algum sentimento interno. Essa natureza humana de fato é algo totalmente complexa...é como se nós fôssemos civilizados e ao mesmo tempo fôssemos primitivos, em todos os aspectos.

Acho que no fundo nada muda de quando você tem 5 anos...você além de fisicamente amadurecer e aprender novas coisas, ter responsabilidades, compromissos e afins, por dentro é a mesma pessoa insegura de 10 ou mais anos atrás. Vejo minha mãe de 54 anos, é uma das pessoas mais responsáveis e corajosas que eu conheço, mas já presenciei momentos em que vi ali só uma pessoa frágil, desprotegida e carente de certos cuidados, como alguma palavra, um abraço confortador e amigo.

Mas na "luz do dia" somos responsáveis, seguros, fiéis e civilizados, não é? A vida é tão mais simples quando ao menor sinal de perigo corremos pros nossos pais e encontramos proteção, uma mão no ombro e braços totalmente abertos.

Acho que eu não cheguei ao ponto que eu realmente queria chegar nesse post, como eu disse pra uma amiga minha uma vez, quando eu começo a escrever me vem várias coisas na cabeça, e eu não sei bem a direção certa a tomar, mas independente, cheguei num tema interessante: A solidão.

Seria mentira se eu falasse que eu não me sinto só em alguns momentos...seja diante de um pepino de trabalho ou numa madrugada sentado aqui com milhões de pensamentos fervendo. Mas dentre várias coisas, eu me conforto no revival da vida, na instabilidade do mundo, que é tão estranho quanto eu, nas pessoas que sentem e compartilham coisas mais intensas que as já descritas aqui, na própria natureza humana que é inconstante e desequilibrada. E isso é uma parte da minha religião, do meu modo de ver.

E independente do que as pessoas pensem ao me ver ou ao ler isso, ou ao te ver, nós somos o que somos, errados, certos, instáveis ou não, mas ainda assim somos. Se eu vejo que alguém não gosta de mim por alguma atitude, eu tento concertar pra haver harmonia, mas ninguém agrada a todos e sensibilidade tem limite. Além de ter consciência da natureza das pessoas, deve existir consciência das diferenças de cada uma, o que nos faz únicos e ao mesmo tempo iguais.