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29 de Dezembro

E eu estou aqui no trabalho deitado na cadeira sem nada pra fazer, nesse calor da Namíbia cumprindo horário e muito satisfeito.
Esse fim de ano tá ótimo.

Score



Queria controlar o tempo, mas nem dá, já que o meu anda desregulado. Os dias passam sem que eu perceba. Tudo muito rápido, e prestes a entrar em Dezembro, eu e você continuamos a mesma coisa. Porém mais afortunadas com o 13º. Embra o meu já esteja de laço matrimonial com a fatura do cartão de crédito.

Eu tava pensando sobre as relações com as pessoas nas últimas semanas, depois de vários acontecimentos diários...e só cheguei à conclusão que eu ando com muita preguiça das pessoas, e que rir ainda é o melhor remédio. Já diz o ditado (ou frase, citação, sei lá).

E foi o que eu fiz hoje aqui em casa. Depois de sair do trabalho, passar na casa da minha tia e encontrar alguns amigos e conhecidos, finalmente cheguei em casa. Me joguei na cama, liguei o som baixinho, e tirei um cochilo de uns 40 minutos inexplicável. Toda a possível carga de stress da semana foi banida nesse cochilo. Não sei se é porque minha mente geralmente se anima nas noites de sexta-feira com a esperança do fim de semana, mas o engraçado é que eu cochilei com a roupa do trabalho, acordei e fiquei olhando pro teto, com o som ainda baixo e preenchendo o silêncio. Pensei nas coisas e fiquei rindo, oscilando entre o despertar preguiçoso e a falta de coragem pra levantar e tomar banho...e, talvez ultimamente eu esteja aparentando pieguice demais, mas que seja, esses momentos valem bastante pra mim.

Enquanto eu estou aqui com meus momentos bons, muita gente tá com seus maus momentos lá em Santa Catarina e afins. Nem comento o que está acontecendo porque você já sabe bem pelos veículos de comunicação, mas desejo ânimo, força e tranquilidade para as pessoas que perderam casas, bens pessoais e parentes nessas enchentes.

Eu mandei pra uma amiga hoje uma mensagem sobre essa música que tá no vídeo acima falando sobre se apaixonar por uma música...Não preciso falar mais nada, não?

"Do it on your own
Makes no difference to me
What you leave behind
What you choose to be
And whatever they say
Your soul's unbreakable"

Segunda-Feira - AM

Depois de um fim de semana com a quase a vida toda cancelada (porque esperar 5 dias pra sair na sexta/sábado e no fim das contas acabar em casa com garganta inflamada e tomando injeção, definitivamente não é vida - ok, só tô dramatizando), vários filmes assistidos e uma perna dolorida, volto à vida real das minhas fatídicas segundas-feiras corporativas.

E só queria deixar registrado aqui minha preguiça.

Sem tempo pra sentir dor

Ninguém nunca disse que seria fácil levar a vida e seus exóticos penduricalhos como normalmente se leva.
Mas ainda assim a tentativa de encontrar o jeito mais fácil pra aliviar o peso continua. Os dias vão passando sem que ao menos haja tempo pra pensar nos próprios problemas e questões pessoais.

Cansaço físico e mental, estruturas pessoais um pouco rachadas e um pouco de "ferrugem" em tudo. Mas tudo ainda está aqui com as mesmas perguntas e com a mesma ausência das respostas, e as pessoas tentando correr o risco de chegar amanhã, por mais que não se tenha em mãos um passo-a-passo, além das nossas teorias com base em estudos e no presente que vira passado.

Em momentos isolados e não frequentes dá a impressão de que nada existe e que tudo é uma ilusão. E talvez seja até bom andar com esse pensamento de forma moderada (rs!). Aquele tipo de coisa que não se conta pra ninguém, mas no fundo dá até pra abrir um sorriso tímido quando se está de pé no ônibus/metrô/trem/carro olhando pela janela indo ou voltando de uma faculdade ou de um trabalho. Tudo uma grande brincadeira. E eu e você aqui aproveitando o passeio...

É uma espécie de humor auto-depreciativo, como pensar em coisas que fazem parte da rotina e sejam elas boas ou não, dar uma risada interna, ou até mesmo rir de você mesmo e de coisas/pessoas ao redor. Talvez uma autoafirmação pra ter um pouco mais coragem, admito, mas sem preocupação porque a natureza é essa mesmo: Usar defesas tanto externas como internas. Pensar em tudo e sorrir de forma descompromissada. Pensar na faculdade, professores e trabalhos e mentalizar que são 4 anos de curso mas não são 10, pensar em pessoas que são contra alguma atitute da sua parte e imaginar que diante de tudo, você num sorriso contido e um aceno de mão sincero deseja um bom dia e uma boa vida...enfim, a vida com seus problemas ainda continua.

E o nosso senso de humor também.

Planos

Eu como um trabalhador normal em dias normais, como pessoas normais com uma vida normal, tenho plano de tirar férias. Férias que teoricamente seriam no fim desse ano, mas como não sou Laizamaria que gosta de torrar no sol da Bahia (aqui em SP eu particularmente chamo de Angola o auge do sol do meio dia no seus 32 graus) e prefiro passar esses dias no ar condicionado a ficar em casa ou passeando e passando calor, pretendo tirar minhas férias em Maio ou Junho de 2009.
Sim, frio, numa cidade do sul do país ou um interior daqui de SP com direito a acordar tarde, ver filmes jogado na cama, dormir de novo, comer muita besteira e dar volta no quarteirão com as mãos nos bolsos e aquela cara de "dane-se, estou de férias"...é isso o que eu quero. Nada de pc o dia todo, nada de jornais (que fazem parte do meu dia-a-dia corporativo), nada de preocupação com o dia seguinte, enfim...30 dias que eu pretendo simplesmente não fazer nada e fugir da loucura de SP.

Cheguei à conclusão que eu definitivamente não faço parte de algumas coisas, que talvez eu não goste tanto da cidade grande como eu achava que gostava (não, eu não vim do norte tentar a vida na cidade e nem vou virar "do mato" pra encontrar o meu nirvana)...gosto mais de um sossego, de um lugar mais calmo...

Claro, isso são planos, ainda tenho alguns meses pra que isso se concretize, pode tudo miar e eu no fim das contas passar férias na zâmbia, não conseguindo passar o tempo que eu gostaria deitado pelo tédio do sol e tudo no fim terminar em longas conversas com o João (o cachorro - depois coloco aqui foto dele).

Aliás, tudo dar errado é bem mais a minha cara \o/

Papéis em vias públicas

Acho que eu nunca vi tanta merda como nessas eleições. Se você andar pela Avenida Paulista toda e pegar todos os papéis que as pessoas entregam, você monta um mural de candidatos no velho estilo "freakshow"...é uma figura mais bizarra que a outra.
E toda essa gente "do bem" falando em conscientização política, de seriedade na votação e etc...não me sindo muito consciente ao votar quando eu sei que Marly Marley, por exemplo, concorre às eleições para o cargo de vereadora de SP.
Jogar papéis nas ruas ou em vias públicas é errado, e eu não faço isso, mas meu voto sempre termina lá. De forma direta e indireta.

O movimento leve e ausente da rotina


Dias normais com seus detalhes, um igual ao outro, com a excessão de uma coisa ou outra relativa à vida corporativa (adoro essa palavra - mentira) e pessoas quase diferentes da Estação Brigadeiro até a estação Alto do Ipiranga.

Acho que até o pensamento é o mesmo. A vontade frustrada de descrever o movimento louco do cotidiano em fusão com a vida pessoal (adoro separar vida pessoal da corporativa - mentira de novo) ainda é permanente, e o mesmo vale para a vontade de não me ater tanto a esse tipo de pensamentos (sendo que o que o que é publicado aqui são sempre coisas do tipo), o que talvez seja um bom desafio sem perspectiva de vitória.

Sentindo as mesmas coisas, ouvindo as mesmas músicas, buscando os mesmos refúgios e tentando acreditar que eu sei me virar com ou sem você.

Aceitar o que é bom


Sem muito o que falar sobre a ausência, porque você sabe que é o de sempre. Preguiça, procrastinação e etc.

Inspiração? Muito menos. Mas eu vi um filme (Things We Lost in the Fire - Coisas Que Perdemos pelo Caminho) que é muito bom. Não vou descrevê-lo, mas pra se ter uma idéia do que se passa, são duas pessoas, uma mulher que perdeu o marido e um homem viciado em drogas e amigo do marido dessa mulher. Ambos bem diferentes, mas com a perda de alguém próximo em comum. O filme tem uma bela mensagem que você já deve ter ouvido por aí, mas nessa película ela soa no mínimo diferente, talvez pelo contexto da história, enfim.

É sobre "aceitar o que é bom"...isso mecheu comigo, que geralmente ando correndo desesperado por alguma coisa que eu ainda não sei. Tenho pessoas ótimas do meu lado, tenho coisas boas para ver. Mas a infeliz ganância de ver "além" é presente.

Pessoalmente é muito mais fácil não pensar em nada disso e continuar a impor aquilo que não é palpável, aquilo que nem existe. Mas é bem mais tranquilo quando você assume sua identidade - eu nem falo de coisas estranhas, me refiro a ações, pensamentos, personalidade, enfim - e tenta ser um pouco mais do que você pode ser.

Se diminuir um pouco, se adequar a algumas coisas, e principalmente aceitá-las, é o que eu tento fazer, aceitar o bom, aquilo que facilmente eu ignoro. Ser menos "isso o que eu sou" (como me recomendou uma amiga antes) e parar um pouco de correr, tentar caminhar e ver que não é porque está nublado que significa que vai chover.

Já diz o clichê que a vida é um aprendizado. Eu (em alguns momentos, a duras penas) estou aprendendo a ver e aceitar o que é bom, e espero que você também.

Ausente

Ei você, você consegue entender o que se passa por aqui? Nós estamos num dia difícil, e chegamos aqui, ao nosso fim. Só aqui a gente consegue entender a nossa situação real.
Nós queremos saber pra onde ir quando ficamos em dúvida. Já tentamos seguir nossa razão, até mesmo a nossa emoção que tanto ocultamos, mas não foi nada confiável.
Você pode nos mostrar uma solução? Você pode falar que o erro não é nosso e que não somos orgulhosos pra admitir isso? Você pode nos fazer acreditar que a nossa situação aqui não é desesperadora e que estamos bem sozinhos?
Nós não temos interesse em você, mas queremos admitir que você está enxergando isso, independente de estar ou não.

Andando em círculos, nós só conseguimos ver uma reta. Isso tudo de fato é passageiro? Nós queremos respostas, não desafios. Somos mesmo tão egoístas? Isso tudo é um devaneio ou de fato você pode me ouvir?

Nós perdemos o controle, não sabemos o que fazer. Esperamos que você não apenas ouça, mas que nos ajude. Pelo menos.

Ah, assiste, vai.


Sobre a foto do post: Não pude deixar de homenagear Suzana Vieira, mesmo sabendo que eu deveria colocar algo sobre o BBB.

Bem, como a maioria dos blog por aí falam muito mal do Big Brother Brasil (não, aqui não vai rolar aquela mudança do nome original do programa pra rebaixá-lo mais), sobre a inutilidade que é sentar em frente à tv e ficar vendo aquele bando de merdas fazendo nada, ou outros blogs atualizam os sedentos espectadores que estão em busca de maiores informações dos "brothers", pensei em falar algo sobre isso. É claro que não de forma positiva, e muito menos negativa.

O programa não acrescenta nada, muito menos diminui a vida de qualquer um, mas os "animais precisam de carne", então, providênciaram (se você assiste, desculpe, não pude evitar o trocadilho). Acho legal incentivar você a ver o programa, só pra ir contra os chatos que descem a lenha, e vou enumerar isso, falando de toda a inteligência por trás dessa coisa toda. Sim, eu admiro toda a inteligência colocada nisso, então, aí vão 5 motivos pra você começar a ver o programa (afinal, ficar no orkut e no msn diariamente cansa, e eu precisava atualizar esse blog):

1 - INTELIGÊNCIA: O programa é uma merda, nós sabemos, mas vale lembrar que o mundo é dos espertos, logo, os espertos são os realizadores do programa, que sabem que a maioria burra do Brasil quer ver mesmo é uma boa baixaria (e a Playboy precisa de candidatas pra capa), logo, Big Brother neles. Dá até pra você se sentir bem sabendo disso, aumenta sua confiança em si mesmo, mostrando que você sabe que essa droga de programa é na verdade pra gente ignorante. E v0cê acompanha tudo.

2 - BURRICE: O que foi escrito aqui em cima já não funciona mais na televisão brasileira, vide as novelas da grande porte da rede de TV que todos conhecem, estão apelando pra estereótipos de crentes, homossexuais, pobres e no alongamento do cabelo da Suzana Vieira, deixando-a assim com aparência de travesti. O Big Brother tá na mesma, daqueles programas que dá muita vontade de assistir pra vermos a decadência da emissora e o grande apelo de porte "barracal", sexual e pseudo-moral, 1 hora (ou seja lá o tempo que for de exibição) de pura risada, até o momento em que você se levanta da TV e fala "hora de dormir, isso é uma merda", e no dia seguinte reclama do programa no trabalho, mostrando assim que você odeia o programa, e deixando claro que você está por dentro de tudo, mas essa parte ninguém comenta com você.

3 - VÍCIO: Afinal, você tem que assistir alguma coisa na emissora do programa durante o horário do mesmo, porque é quase inconciente que você coloca no canal 5 (TV aberta) e vai acompanhando a programação depois da novela até a hora de dormir. E isso é como os conflitos no Oriente Médio, nunca vai acabar.

4 - ENTRETENIMENTO: Bundas, peitos, homossexuais, discussão, intrigas, sexo e afins, nunca é demais na TV, e quem nos proporciona isso? Big Brother Brasil. As palavras acima não dizem que eu sou contra essas coisas, mas cá entre nós, isso dá Ibope pra qualquer emissora e anima os cansados em frente ao sofá. Como eu disse no tópico 1, o Brasil quer baixaria, então, ligue a TV, porque Xuxa, Renato Aragão e as loiras apresentadoras de programas infantis não funcionam mais. Aliás, funcionam sim, adoro o vídeo da Xuxa, da música "Meu cãozinho Xuxo" ao contrário, acho bem mais digno que a versão original.

5 - ALGUM POBRE/IGNORANTE TEM QUE GANHAR O PROGRAMA: Por que do contrário, você não poderá se emocionar (siiiiiiiiim.........muita gente se emociona) quando aparece alguém tirando o pé da lama na TV, mostrando que veio de família humilde* e que com o dinheiro vai ajudar os pais e tentar a carreira de ator/atriz, cumprindo assim o sonho de uma vida toda. Exemplo de coisas que chamam atenção? Arquivo Confidencial de um porgrama por aí...esse Brasil parece gostar de "famosos" chorando ao ver o pai/mãe/vizinho deixando recados relembrando cenas de um passado pobre junto com mensagens de esperança, ânimo e elogios pro famoso em questão.

Espero que diante desses meus conselhos, você comece a ver o programa, porque vale a pena. Mentira, não vale não. Fique na frente do pc trocando as fotos do seu perfil do orkut a cada 2 dias e no msn, vale mais a pena.

*humildade não significa pobreza¬¬

2008

Faz tempo que eu não passo por aqui, estou num trabalho novo (de novo), correria nova, falta de tempo e etc...não visito mais ninguém, e quando penso em escrever algo aqui estou dentro de um trem com umas 50 pessoas e a umas 6 estações mais 20 minutos andando até chegar na minha casa. Bom ano novo a todos, e espero que em 2008 nos estabilizemos e controlemos mais nossas mentes, mas não de todo, porque o desequilíbrio é o que nos equilibra.

Até mais.