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Could this be the end?

89 postagens em 3 anos em alguns meses. E metade das minhas paranóias escritas nesse blog.

O Extrato de Tomate chega ao fim. Já tinha planos de terminar a alguns meses atrás, mas por algum motivo não fiz. Queria explicar algum, motivo específico, mas nada me vem à mente. Eu mudei, amadureci um pouco e quando leio algumas postagens aqui de sei lá, 1 ano atrás, não me identifico com mais nada, rs.

Adoro a idéia de ter um blog, de compartilhar minha vida, de poder falar coisas que talvez eu não aparente pessoalmente, saber que outras poessoas lêem isso e fazer amigos. É gratificante mesmo. Fiz bons amigos aqui no blog, uns eu tenho no Twitter, outros nem tenho mais notícias, e esse blog se manteve por causa dessas pessoas que comentavam, que estavam aqui sempre. Obrigado a vocês. =D

Não vou excluir o blog. Boa parte do que eu fui nos últimos 3 anos está aqui e ruim ou não, esse é quem fui e sou. Tenho planos de fazer um novo blog e assim que fizer, posto um update com o link aqui, afinal, ainda tenho metade de paranóias pra postar.

Medo

Crescer implica em responsabilidades. Num cargo no trabalho, num semestre a mais de faculdade, numa amizade, e até mesmo em algo simples, como num arrependimento, que geralmente é seguido de uma atitude contrária à anterior.

E isso é presente em toda nossa vida. Você encara os fatos, escolhe um caminho e anda até ele, ciente ou não do que pode encontrar. Não que isso faça de você alguém corajoso ou responsável, mas nessa prática, isso está encaixado de uma forma implícita, como um medo interno interpretado como responsabilidade pelos outros, por exemplo.

Medo? Sim, todos temos, em qualquer ocasião. Você como eu, pode pensar demais no lado ruim de determinada circunstância, temer determinadas ações ou situações amanhã, sutilmente entrar em paranóia com seus problemas pessoais e até mesmo ser inseguro quanto à tudo o que você acredita.

Mas ok, isso se chama diligência, senso de responsabilidade e avaliação dos fatos.

Eufemismo, te amo.

Meu signo me entenderia

Eu realmente não entendo merda nenhum de signos, então eu sequer posso botar a culpa neles, aí eu culpo os astros (???) por tudo de errado nessa minha vida. Desde o meu nascimento quase interrompido por mamãe com crise por ter mais um filho depois de 5 anos em até a 3 minutos atrás, quando eu tentava me logar no blogger mas NÃO conseguia. Depois de reiniciar o modem umas 2 vezes tudo volta ao "normal". Isso é ADSL, minha gente, banda larga, SPEEDY e afins.

E como eu não tenho argumentos pra falar que meu ascendente é o culpado de tudo, admito que eu sumi daqui por vontade própria e prometo que essa é a última vez que eu toco nesse assunto de "oi galera to meio sumido", tão presente em 3 anos de blog.

Mas o fato é que eu não sou muito encanado com assiduidade em blog e me sinto bem confortável com o fato de eu escrever aqui só quando tenho vontade, e não quando quero ter só mais uma atualização. É aquela coisa besta de qualidade e não quantidade.

Eu pensei muito em criar outro blog, já que quando eu leio os posts de 2006 vejo muita asneira e coisas que hj eu nem pratico mais, mas além da preguiça, eu penso em algo do tipo "que se dane", entende? Gosto desse blog e o fato é que as pessoas mudam, não (alguém me dá um tiro se eu usar mais um desses clichês no próximo parágrafo)?

E por falar em mudanças, fiz meu 23º aniversário no último dia 10 e nesse dia estive no RJ com amigos queridos numa cervejaria no Flamengo. Óbvio, o aniversário foi só uma desculpa pra ver eles, porque eu realmente não ligo quando completo mais um ano, nenhum trauma, pensamento triste ou afins, é uma pura e despreocupada indiferença.

É isso...astros, culpa, despreocupação, blog e aniversário. Essa é a minha atual vida bandida.

O limite da diferença

Acho que ninguém gosta de ser controlado ou pelo menos de alguma forma se sentir assim. E óbvio, a partir do momento em que você nasce os outros criam uma opinião sobre você, você gostando ou não. E além dos nossos atos definirem a nossa vida, eles definem como os outros olham pra nós.

Tá, mas é comum ouvir por aí "mas os outros que se danem porque eu não esto nem aí", certo? Certo, mas geralmente a prática é diferente disso. Acho que o ser humano naturalmente tem a necessidade de um certo nível de aceitação por todos. Isso vale desde quando éramos pequenos na escola até os dias atuais num trabalho, num grupo ou em qualquer meio social.

Eu particularmente escondo um pouco isso. Uma pessoa num antigo trabalho já me falou que era bacana da minha parte me ausentar das pessoas e "não estar nem aí", embora isso na época encheu um pouco meu ego, eu sabia que o "não estar nem aí" era só uma imagem, talvez uma proteção, um meio de fazer com que os outros me olhassem e falassem "ele não está nem aí". Seja como for, eu não era assim na época, eu era como eu sou hoje: inseguro, com minhas paranóias e afins (ok, não vou falar tudo o que eu tenho de ruim porque você tem que acreditar que eu sou inteligente, hahaha), alguém como qualquer outro naquela e em qualquer outra circunstância.

Óbvio, nós não nos resumimos nisso, mas isso é uma parte essencial de um entendimento que do meu ponto de vista, é correto e muito útil pra se viver. Reconhecer que eu e você somos criaturas errantes...acho que isso vale pra qualquer coisa, numa relação conjugal, por exemplo, naquelas cenas clássicas que acontecem na minha e na sua casa onde o casal discute, e naquele calor do momento não há muita inteligência ou tato presente pra se reconhecer a hora de parar de falar, a hora de começar a entender a outra pessoa e se despir de quaisquer outras coisas que impedem uma boa conversa (que nesse contexto já evoluiu pra uma discussão), as coisas sempre tendem a ir para um lugar ruim.

Eu e você temos um compromisso invisível e indireto com as pessoas, porque como eu disse no início, somos classificados pelo que nós fazemos, falamos e etc, independente de ser verdade ou não. Eu realmente penso, acredito e tento manter isso em mente, mas meus amigos ou pessoas próximas me conhecem mais como alguém que ri, é meio "independente", seguro de si e de certa forma meio descompromissado. E eu imagino que quem lê esse blog desde a primira postagem a 3 anos atrás e não me conhece além daqui deve pensar que além de eu ser depressivo sou alguém equilibrado e que pratica tudo o que já foi escrito aqui.

Óbvio que eu não sou nem metade disso, são coisas que estão na minha mente, que eu tento manter e me compromissar e gosto de postar. E também não sou depressivo, como todo mundo tenho meus momentos em que estou frustrado ou chateado com determinada coisa, mas como minha mãe sempre me disse, "o choro pode durar uma noite e a alegria vem pela manhã", ou seja, eu não vivo com nuvens negras sobre a cabeça, nada além do normal.

A solidão é algo tão comum como um bom estado de espírito, e infelizmente não é um sentimento que vai embora com companhias, você já deve ter se sentido só no meio de várias pessoas, amigas ou não, e isso além de frustrante, chega até a ser algo meio revoltante...porque é como se apaixonar por alguém, você não controla, assim como não controla uma raiva ou algum sentimento interno. Essa natureza humana de fato é algo totalmente complexa...é como se nós fôssemos civilizados e ao mesmo tempo fôssemos primitivos, em todos os aspectos.

Acho que no fundo nada muda de quando você tem 5 anos...você além de fisicamente amadurecer e aprender novas coisas, ter responsabilidades, compromissos e afins, por dentro é a mesma pessoa insegura de 10 ou mais anos atrás. Vejo minha mãe de 54 anos, é uma das pessoas mais responsáveis e corajosas que eu conheço, mas já presenciei momentos em que vi ali só uma pessoa frágil, desprotegida e carente de certos cuidados, como alguma palavra, um abraço confortador e amigo.

Mas na "luz do dia" somos responsáveis, seguros, fiéis e civilizados, não é? A vida é tão mais simples quando ao menor sinal de perigo corremos pros nossos pais e encontramos proteção, uma mão no ombro e braços totalmente abertos.

Acho que eu não cheguei ao ponto que eu realmente queria chegar nesse post, como eu disse pra uma amiga minha uma vez, quando eu começo a escrever me vem várias coisas na cabeça, e eu não sei bem a direção certa a tomar, mas independente, cheguei num tema interessante: A solidão.

Seria mentira se eu falasse que eu não me sinto só em alguns momentos...seja diante de um pepino de trabalho ou numa madrugada sentado aqui com milhões de pensamentos fervendo. Mas dentre várias coisas, eu me conforto no revival da vida, na instabilidade do mundo, que é tão estranho quanto eu, nas pessoas que sentem e compartilham coisas mais intensas que as já descritas aqui, na própria natureza humana que é inconstante e desequilibrada. E isso é uma parte da minha religião, do meu modo de ver.

E independente do que as pessoas pensem ao me ver ou ao ler isso, ou ao te ver, nós somos o que somos, errados, certos, instáveis ou não, mas ainda assim somos. Se eu vejo que alguém não gosta de mim por alguma atitude, eu tento concertar pra haver harmonia, mas ninguém agrada a todos e sensibilidade tem limite. Além de ter consciência da natureza das pessoas, deve existir consciência das diferenças de cada uma, o que nos faz únicos e ao mesmo tempo iguais.
Às vezes eu sinto que as palavras acabam e eu não sei como me expressar. Ou as palavras são limitadas ou eu sou burro demais. To querendo postar aqui a alguns dias, mas minha veia "expositora de fatos" anda totalmente calada.

Meu irmão com as folosofias de vida vagabundas dele fala que eu sou canceriano e que canceriano tem problema até pra pensar.

Talvez seja verdade, mas independente, logo eu volto aqui.

E daí

que eu tenho uma gripe linda, um nariz pedindo troca, um tédio incontrolável, uma falta de sono por ter dormido às 09:00 e acordado às 16:00 e um mundo de idéias sobre trabalho, porque oficialmente estou procurando algo melhor para fazer e que me pague mais. E nem idéia por onde começar. Também tenho um trabalho de faculdade do meu irmão pra fazer, uma conta de 123,00 pra pagar amanhã e tenho só metade do dinheiro e coisas diárias para fazer.

É nessas horas que Hand in my Pocket vem à tona e as minhas filosofias de bar entram em ação.

=D

Sobre a Telefônica e os demais

Fiquei uma semana sem pc em casa e 3 dias sem tv a cabo porque minha fonte foi pro saco e me faltava ânimo/coragem de ir na Santa Ifigênia (pra quem não sabe, é uma rua em SP com vários estabelecimentos que vendem eletrônicos em geral de procedência duvidosa ou não) tomar muito sol e comprar uma fonte barata, e meus pais não entendem que quando vc paga um a fatura atrasada é necessário ligar na Telefonica avisando que foi pago, já que o sistema deles de "em no máximo 72 horas do pagamento ja consta no nosso sistema e assim é feita a religação automática, senhor" NÃO funciona, aliás, esse parece ser a nova característica da Telefonica: Nada funciona.

Poucos meses atrás deu um pau louco no Speedy em sp e ficamos com uma internet lentíssima (ou não funcionando) durante quase uma semana, aí a Telefonica deu uma nota falando que houve um problema e blá blá blá e falaram que seria normalizado. Mas o fato é que desde então a conexão tem seus altos e baixos, chegando a parar por mais de uma hora e vc não consegue abrir nenhuma página, nem mesmo o Google.

Óbvio que ja liguei naquela merda pedindo desconto desses dias, mas enfim, enquanto aqui onde moro não tem nenhum serviço de internet a cabo, o que tem pra hoje é o Speedy da Telefonica, que aliás, ontem parou po umas horas \o/.

Fica aqui registrado meu amor por esse serviço.

No resto, tudo vai indo, eu tenho uma paixão nova, a The Best of Times, uma das músicas incríveis que vazaram do cd novo do Dream Theater. Me faltam palavras para falar o quão essa música é foda.

É isso, post rápido e nada demais :)

De madrugada


Eu gosto da madrugada porque além de silenciosa, é um período que te concentra mais, que vc tem mais atenção e nenhum barulho ou compromisso pra te interromper, é um tempo parado, uma espécie de terra do nada aonde você está sozinho pra ficar com os seus devaneios.

E são deles que nascem coisas interessantes, planos, inspirações e desafios. Óbvio que tudo guardado na mente, esperando só o dia, um período aonde as coisas são colocadas em prática, e aonde você sente que as coisas estão normais a partir do momento que vc acorda na hora certa para as suas obrigações diárias. Um momento que eu classificaria como uma dose inicial de realidade.

E nem sempre isso na pele soa como algo fácil. Pode soar para os outros que não estão aqui dentro pra entender o quão incerto é esse terreno que só eu e você conhecemos, e quando eu digo eu e você, eu me refiro a minha vida que eu conheço, e a você, que sabe e entende o que se passa aí. E não há cônjuge, amigo, parente ou qualquer outra pessoa que realmente veja as coisas dentro de você como elas realmente são.

Óbvio que para as pessoas mais chegadas nós somos sinceros e aparentamos o que somos, mas se tudo o que somos transparecesse tão bem, não seriam necessárias as palavras que pronunciamos pra expressarem nossos mais guardados demônios em diversas ocasiões, sejam elas disfarçadas de gentileza ou de raiva.

O que eu quero dizer é que é como se exitisem dois de mim: Um que conhecem e outro que só eu conheço. O mesmo vale pra você, que totalmente diferente de mim, mantém essa cumplicidade inconsciente que nos classifica como iguais, acho que essa é uma boa definição pra chamada natureza humana.

Às vezes você sente que sua vida não está andando...pelo menos não pra frente, a direção pra onde todos vão.

E mesmo você tendo ciência disso, você sabe que são nesses momentos de frustrações que então a sua vida está sim, andando não necessariamente pra frente ou numa direção reta, mas num curso prório que você nunca vai conseguir contolar.

A vida é uma coisa grande em todos os sentidos, e só de dirigir ela faz de você alguém digno, alguém merecedor da graça invisível e intocável de sentir as coisas como elas são e de estar vivo pra presenciar os fatos diários, queira em momentos bons ou ruins e seja você de qualquer natureza, demasiadamente errante ou não.

E o que me impulsa a prosseguir é um senso de fidelidade e integridade que existe por aí, seja isso definido por uma palavra ou até mesmo sem definição, algo superior que me convence a uma adequação interior que chega a um nível acima e me torna uma pessoa melhor. É mais ou menos o seguinte: Eu sei que eu posso ser íntegro e fiel, existe isso em essência, ou pelo menos alguma coisa me faz acreditar, então eu vou correr a isso e tentar ser fiel e trabalhar na minha integridade como pessoa, por mais que eu nunca chegue nessa plenitude.

Por mais louco que você se ache ao ler essas palavras ou por mais estranho que eu me classifique por escrever isso, eu chego à conclusão que isso me situa, que põe os meus pés no chão e independente do solo aonde eu esteja pisando, eu sei que é exatamente aqui que eu deveria estar, e sei que todos esses pensamentos que vem e vão fazem de mim o que eu sou, pro meu bem ou pro meu mal. Mas tudo aqui está indo pro seu devido curso.

=D

Onde vivem os Monstros



Vi o cartaz desse filme aqui, procurei o trailer no youtube e pronto: Está na minha lista dos mais esperados desse ano.


Estômago

Fui dormir umas 04:00 com um incômodo no estômago. Nada considerado como dor, só um incômodo mesmo.

Acordei às 07:00 com uma dor sobrenatural, imagine a pior dor que vc ja teve. Ok que pode ser pior do que essa minha do estômago, mas pra mim foi a pior dor que ja tive (e olha que ja sofri acidente de carro, desses de vc se machucar todo, acordar no hospital, levar pontos na cabeça, e etc) e não desejo nem pros meus inimigos.

Minha irmã me deu um remédio que faria parar, mas depois de 30 minutos não resolveu. Não conseguia ficar quieto ou parado de tanto que era a dor no estômago.

Acordei minha mãe e pedi pra ela me levar no médico. Vesti uma calça jeans, coloquei uma blusa, pus um boné na cabeça e fui de chinelo mesmo. Chegando lá, depois de 15 minutos esperando, fui atendido por um médico que eu confundiria fácil com um morador de rua. Ele tava com uma camiseta rasgada (não, não é piada e nem aumentei nada), e não falava português direito, era um espanhol medonho.

Ok, às vezes é um bom médico e não posso julgar pela aparência, afinal não é tão incomum um médico estar com camiseta rasgada, sem jaleco e com cara de quem bebeu a noite toda (ironia).

-Qual o problema?
-Comi pizza na noite passada, dormi 3 horas de madrugada e acordei com uma dor no estômago muito forte.
-Ok, tira o boné por favor que é falta de respeito usar bonés em lugares públicos.
-Ok (oi?????).
-Vc não pode comer pizza na janta, pizza não é comida, comida é coisas de panela.
-Sei...

Não sei mesmo o que falar sobre esse diálogo, mas fiquei com medo desse médico e quando saí de lá só pensava em tomar essa injeção de Buscopan com Novalgina na veia e ir pra casa.

Sentei na cadeira com o braço esticado enquanto o enfermeiro preparava a medicação, e ele:

-Vai doer um pouco, porque o médico passou uma dosagem alta
-Se passar a dor eu aceito até duas dessas

Admito que a doeu um pouco na demora do líquido entrar. E comecei a ficar meio tonto, com a boca seca e desesperado pra dormir.

-Ok, agora vamos tirar sangue, vc vai ficar um pouco fraco por causa da medicação e da quantidade de sangue e etc...

Ja não tava quase ouvindo mais.

Ele tirou sangue, eu fui cambaleando pro corredor, fechei os olhos e não conseguia dormir, tava numa brisa inexplicável. Cheguei em casa 09:15, e dormi até 18:00 sem ouvir nada, capotei com o remédio.

Agora melhorei, mas ainda sinto o estômago dolorido de tanto que doeu. Tô num regime de miojo, Coca-Cola, chá de Camomila e biscoito de água e sal.

E o destaque disso tudo foi minha mãe, que faltou no trabalho dela pra ficar cuidando de mim, mesmo eu falando pra ela ir trabalhar, ela quis ficar, ia me ver sempre, perguntava se eu tava bem, se queria comer, o que tava sentindo, media temperatura e enfim...pra ela filhos não tem idade, e por mais piegas que isso pareça, agradeço a ela por tudo, pelo cuidado, amor incondicional e manutenção desde 1986. Queria poder reparar nessas atitudes dela sempre, e não só em momentos assim, como uma doença, aonde vc depende de outra pessoa. É mais um desafio.

Virada Cultural

Como todo mundo deve ter ouvido falar, aqui em SP tivemos nos últimos dias a Virada Cultural.

Não gosto da programação, das pessoas moderninhas/indies/alternativos/blá blá blá e queria "fugir" pra um lugar que não estivesse envolvido nisso.

Mas onde, quando todo o centro está lotado de pessoas e os bares entupidos de gente vomitando ou passando mal?

Fui pra Augusta com amigos e foi uma noite ótima, não só pelo ambiente, mas obviamente pelas amizades (e a cerveja rssssssss).

Quando eu descobrir como compartilhar fotos do Flickr no blog de forma funcional, eu posto as fotos.

If you Knew

Só a Nina sabe como arrebatar um coração. E não há Susan Boyle ou qualquer outra cantora do soul/jazz atual que saiba fazer isso.



Existem pessoas que deveriam viver 1000 anos. É pedir demais?

Macumba on line

Se tem uma coisa que me faz rir é macumba e seus derivados. E esse site abaixo é um achado na vida.

http://www.macumbaonline.com/

Eu poderia escrever 20 linhas falando disso, mas paro por aqui. O site fala por si só.

Tradição em noite de sexta-feira

Minha mãe:

-Vamos pra praia comigo?
-Não, Bianca vem aqui hoje e não tô afim.
-Chama ela pra ir.
-Ok.

Ligo pra Bianca e ela fala que não rola por causa da aula de inglês amanhã.

-Ó, nem rola, ela tem aula de inglês.
-Mas vem comigo então.
-Não, não tô afim.

Ela começa a falar em tom de exigência.

-Você só quer fazer o que é conveniente pra você. Vem comigo, vai?
-Não, não tô afim.
-ENTÃO EU VOU SOZINHA!
-Ok.

Desço pra tomar água e ela gritando me pergunta:

-Aonde você vai trazer Bianca aqui?
-Oi?
-Você vai trazer ela aqui em casa?
-Sim?
-NÃO VAI NÃO, VOU ESTAR AUSENTE E NÃO QUERO NINGUÉM AQUI.
-q
-VOCÊ OUVIU, PODE DESMARCAR.
-Tá, ok.

Da série "vou me f***** mas não vou sozinha".

Systematic Chaos

Eu nunca fui adepto de coisas diferentes, sempre gostei de Aerosmith e de outras coisas. E não sou muito eclético.

Mas a uns 4 anos conheci o Dream Theater, uma banda de metal progressivo nova iorquina com 20 anos de carreira e atualmente prestes a lançar o 11º álbum de estúdio. Eles conseguiram me fazer rever conceitos sobre música e arte.

Se você não gosta de rock ou considera como "barulho", nem perca tempo lendo isso até o fim, porque eles fazem também músicas pesadas, mas músicas de qualidade, impondo em primeiro lugar música ao invés de sucesso .Três membros da banda estudaram música em Berklee, a maior faculdade independente de música no mundo, o que mostra que existe pelo menos uma base.

Eu queria falar mais da banda, mas a direção do post não é essa, mas sim o último cd , Systematic Chaos, de 2007, o sucessor de Octavarium, de 2005.

Esse álbum se encaixa perfeitamente na palavra inovador não só pelas melodias, riffs e um conjunto de sons diferentes, mas também na exposição das letras, uma vez que em cd's anteriores sempre houve uma realidade quase depressiva e reflexiva, talvez uma característica nesse estilo. Mas o que acontece em Systematic Chaos são referências, simbolismos e exploração de temas distantes e com vários significados, como em Forsaken, que é uma história de um homem que se apaixona por uma vampiresa e esse amor o cega a ponto de não ver que enquanto ele "aproveita" o sentimento, na verdade sua vida está sendo sugada, sendo levada embora, e na verdade isso é o que o videoclipe da música mostra, pois em nenhum momento a palavra vampiro ou qualquer outro termo direto é citado, dando espaço para um significado mais pessoal.

In the presence of Enemies abre o álbum com magnificência e intensidade mostrando ao longo de uma introdução de 7 minutos a maior característica da banda: Instrumental sincronizado, com vários tempos quebrados, e não deixando nenhum instrumento sem mostrar seu máximo.
A música usa um personagem chamado "Dark Master", simbolizando um mal, um máximo de perdição aonde alguém pode chegar, uma escuridão profunda, quase (ou totalmente) próxima do que a figura do diabo em várias religiões representa, e isso pode ser visto em trechos que dizem "...Eu posso conduzir você a descer por um caminho e trazer a vida, tudo o que eu peço é que você me adore / Eu conheci seu pai, e a sua chamada sagrada, Soldado abençoado lutando, você nunca parece descansar, eu te conheço, mas você me conhece?" E isso se refere ao outro personagem chamado "Herege", alguém que está cansado, desesperado e esperando um novo sopro de vida (situação comum pra muitos), se rende ao Dark Master em vários diálogos tratando sobre uma dúvida e crise interna sobre fé na humanidade, desespero, tentação referente ao caminho mais atrativo e redenção, resultando numa música de pouco mais de 25 minutos, e a mesma, segundo a Wikipedia, foi considerada pelo guitarrista e um dos compositores da banda, John Petrucci, como sendo uma "epítome de uma criação do Dream Theater".

A segunda música, Forsaken, foi o segundo single do álbum, ganhando até um clipe, uma animação bem legal. É a música com mais apelo comercial do álbum, um refrão grudento que depois de 2 semanas ouvindo até enjoa. Esse seria o "Light Side" da banda, mesmo com um toque meio gótico que lembra bastante a banda Evanescence.

Constant Motion, o primeiro single do álbum, é o que mais chega perto dos álbuns anteriores. A música tem uma forte influência do Metallica em tempos passados, não só no riff, mas também na letra, que trata de um transtorno obssessivo-compulsivo, um modo do baterista Mike Portnoy expor sua vida e suas responsabilidades com a banda e seus projetos paralelos, que não são poucos.
É uma música boa, mas não é o ponto alto do álbum.

A música que menos me impressionou foi a 4ª, The Dark Eternal Night, a mais pesada e a que com certeza caracteriza o álbum como "diferente de todos", uma vez que a letra fala de uma espécie de monstro, "...um prisioneiro fora do caos enegrecido/...uma monstruosa visão repugnante/...o último nascido do sangue de Faraó, o último deus de toda criação" que rodeia a terra e anseia explorar os mistérios da vida.

No álbum Six degrees of inner turbulence, de 2002, o baterista da banda compôs uma música que fala dos primeiros de 12 passos para se livrar do álcool e de dependência química (embora o ocorido em sua vida pessoal foi o álcool), e desde então em cada álbum inseriu uma música falando sobre os passos seguintes.
Nesse cd entra como a 5ª faixa do álbum, a balada Repentance, que fala dos passos 8 e 9, aonde se repara os erros causados às pessoas prejudicadas pelo vício. A música é simples, lenta e direta, uma melodia melancólica apropriada para o tema, com as vozes de Steve Vai, Joe Satriani, Neal Morse e outros, pedindo desculpas para outras pessoas e a si mesmo, em gesto de arrependimento.

A faixa seguinte, Prophets of War, é a única que não consigo unir às demais do disco, tendo uma sonoridade diferente, com influência descarada da banda inglesa Muse. A letra fala sobre princípios, motivos e definições de guerras. Óbvio que tem ligação quase direta com a guerra no Iraque, mas isso fica nas entrelinhas.

The Ministry of Lost Souls é um épico lindíssimo, a faixa mais bonita do álbum, com quase 15 minutos de duração e uma das melodias mais preciosas da banda.
Com uma letra alinhada com a melodia, é pra variar mais uma letra subjetiva e aberta a algumas interpretações. Fala de uma mulher que está morrendo e um homem a salva. Em seguida (ou durante o ato) o homem morre, dá a vida por amor a ela. Tem forte ligação com o cristianismo, mas eu digo, vale a pena cada minuto da música.

O álbum todo é uma obra de arte, tendo em vista que a arte é a expressão de valores, emoções e idéias pra estimular ou influenciar as pessoas.
Óbvio que gosto é pessoal, mas o reconhecimento da arte é universal.

Finalizando, Systematic Chaos não pode ser caracterizado como o melhor álbum do Dream Theater, mas sim como um dos melhores, afinal, o único padrão seguido no decorrer de sua carreira é o compromisso com o metal progressivo, e isso é visto em cada álbum, um diferente do outro, mostrando uma banda versátil e que sabe se adequar com temas atuais. O álbum também obteve uma boa recepção da crítica e do público, chegando em #19 no "Billboard 200" no mês no seu lançamento, Junho de 2007.

Nota: 9

Susan Boyle

Vi esse vídeo aqui e me surpreendi. Eu não acompanho esse tipo de programa, mas sei do que se trata. Quando abri o vídeo por curiosidade tive essa grata surpresa com a Susan Boyle.

Repare bem na cara das pessoas ( e até dos jurados) rindo antes dela começar a cantar.

Pra ver o video, clique na foto

Alguém bem perto

Eu nunca tive uma boa relação com meu pai, pelo menos não depois dos 9 anos de idade, quando eu comecei a crescer e achar que eu era a vítima e que tudo era contra o que eu fazia, falava e etc. Óbvio que eu não tinha noção disso, mas hoje eu tenho.

Meu relacionamento com meu pai era uma coisa meio estranha, era um tratamento frio e meio distante, sustentado e "aquecido" pelo "olá papai/tchau papai" e etc.

Ele foi criado de uma forma bem rígida, que influenciou bastante em requisições que ele impunha pros meus irmãos e eu. As brincadeiras que eu fazia com a minha mãe, gestos espontâneos e afins era uma coisa proibida por ele, era visto como desrespeito ou respondido por "eu não gosto desse tipo de brincadeira".

As constantes brigas entre os dois e ele sempre terminando como um vilão ou pelo menos demonstrando isso através dos gritos mais altos também era o que acabava caracterizando ele como uma pessoa inacessível.

Resumindo, nunca tivemos uma relação padrão. Minha mãe também influenciava isso puxando a toalha pro lado dela e contribuindo pra uma imagem negativa dele. Ela tem os motivos dela e eu compreendo, era um sistema de defesa.

Fiquei alguns anos sem sequer olhar pra cara dele e agora estamos bem a uns 3 meses, iniciando uma relação bem sincera e legal. Embora não das mais confortáveis, porque eu conheço ele e ele me conhece, então é como pisar em ovos, ter cuidado com o que falar e até como agir.
É estranho, porque é como se relacionar com alguém que você nunca viu na vida e ao mesmo tempo alguém que sempre esteve presente e te conhece.
Mas estamos numa troca: Eu sou sincero com ele e ele comigo, e eu sei o quanto ele é importante pra mim e ele sabe o quanto eu como filho significo pra ele. Indo devagar, tropeçando, revendo erros, desculpando, olhando pra frente e melhorando.

Do meu ponto de vista é curioso analisar ele agora, porque o antes errado, o vilão da história agora é um homem cansado, com poucas certezas, submisso de uma forma boa e dá pra entender muitas atitudes analisando ele como um homem. Vejo os defeitos dele e não só isso, dá pra ver um porquê claro das coisas e as virtudes dele que antes eu nem sabia que existiam.

É fácil e cômodo pra mim culpar ele. Como ele mesmo me disse a uns dias atrás, são muitas mágoas que ele provocou, ficaram algumas cicatrizes mas hoje eu posso enxergar algumas dores pessoais atrás de algumas ações dele. É uma pessoa como eu e você, insegura, com defeitos, tentando melhorar, errando, agindo certo, procurando razões e aprendendo a viver. Porque quanto mais passa o tempo, mais se tem a certeza de que há muito pra aprender, isso eu falo por experiência própria.

Meu pai tem idéia disso, e é por isso que eu amo ele ainda mais.
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Aliás, hoje é aniversário dele, acho que vamos fazer um bolo ou algo do tipo. Depois posto fotos!

Olha,

entendo a preocupação do José Serra com a saúde e apóio as campanhas contra fumo e etc.

Mas proibir o fumo em lugares públicos é demais (pensando em bares e afins, onde eventualmente frequento).

Sem argumentos, só pra deixar aqui minha impressão disso.

Além de ausente,

tô numa rotina estranha. Tem semana que tô sem nada pra fazer, trabalho quase nada e fico jogado na cama vendo tv. Em outra saio de casa cedo e volto depois das 22:00. Mas tá sossegado, nada demais.

Eu disse no post que teria mais tempo pra postar e etc. Agora tenho me ausento daqui. Queria uma resposta pra isso. Mas ainda tenho a intenção de estar mais presente.

Eu sou uma pessoa naturalmente preguiçosa. Do tipo que tem contas pra pagar, fazer várias coisas e está deitado na cama lendo algum livro, quando deveria ser mais dinâmico, pensar mais nas coisas, nas possibilidades, em crescer na vida, e ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ...

Entende?

Prometo (é uma promessa primeiramente a mim mesmo, rs) que serei mais assíduo aqui e aos meus amigos de blogs.

Aliás, tô num projeto com amigos de um blog novo. Tá em andamento. Quando tiver pronto posto o link aqui. Mas o Extrato de Tomate vai continuar.

Espero que firme e forte.

Meu ano novo começou

Com minha demissão no trabalho, com a ida ao Rio de Janeiro vendo amigos que eu prezo muito e com mais um monte de coisas que não são necessariamentes boas, mas novas.

Sobre o trabalho, poxa vida, que coisa boa foi ter saído daquele lugar. Ficar sob a direção de uma pessoa que mal é graduada, se contradiz a cada palavra e baba o ovo de outras não dá. Eu tb não sou boa pessoa, mas eu não tenho/tinha nenhum cargo acima de ninguém. Fiquei lá 1 ano e 3 meses. Foi um bom período, mas já deu. Temporariamente estou trabalhando com meu pai, acordando a hora que quero, fazendo meu trabalho e mandando tudo à merda. Mais cômodo, fácil e paga as contas do mesmo jeito.

Fazem duas semanas que conheci um Rio de Janeiro que me impressionou. Vi meus amigos, bebi (e não foi pouco), ri e me diverti, enfim...só descrevo com uma palavra: Indescritível.

Agora que tenho mais tempo (e não tenho que pegar trem/metrô até a Paulista), posso me dedicar mais a esse blog, que não esqueço.

Esse é meu início de ano novo e espero que o decorrer seja ainda melhor...